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Cirurgia de diverticulite

Pessoa usando um tablet e imagem ilustrativa de um intestino.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Saiba quando o procedimento é indicado e como é realizada a cirurgia de diverticulite

A diverticulite é uma complicação da doença diverticular do cólon, que consiste na presença de divertículos na parede do cólon ou do intestino grosso. Quando há uma inflamação dos divertículos caracterizada em exames de imagem, o quadro de diverticulite é confirmado. A inflamação pode vir acompanhada de infecção e ocorre pela proliferação de bactérias e migração delas para a corrente sanguínea.

A doença é mais comum em pacientes com mais de 40 anos e costuma causar dor na parte esquerda e inferior do abdômen, febre, náuseas, distensão e pode evoluir para sintomas mais graves, como formação de abcessos, fístulas, peritonite e sepse.

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A inflamação pode regredir espontaneamente ou necessitar de tratamento clínico, principalmente para os casos mais leves, com a administração de antibióticos. Pode haver a necessidade de internação para realizar a drenagem quando há a formação de abcessos ou até mesmo a cirurgia de diverticulite para casos mais graves.

No entanto, a cirurgia de diverticulite pode ter o caráter de urgência (menos comum) ou ser programada para situações específicas. Neste conteúdo, saiba mais sobre esse procedimento para tratar a diverticulite.

Exames para o diagnóstico da diverticulite

A diverticulite pode ser diagnosticada com base nos sintomas característicos apresentados pelo paciente e por exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Porém, o exame considerado padrão ouro para confirmar a doença e descartar outras hipóteses é a tomografia computadorizada.

A colonoscopia – exame que permite visualizar toda a estrutura interna do intestino grosso através da inserção de um tubo flexível com uma câmera pelo ânus – pode ser solicitada pelo médico para descartar a hipótese de câncer de cólon. Contudo, ela só é necessária se o paciente tiver complicações decorrentes da diverticulite, como um abcesso, ou apresentar fatores de risco para câncer, como histórico familiar, anemia e sangramento retal. Nesses casos, é importante que a colonoscopia só seja realizada depois que a infecção tiver sido tratada, para não causar lesões no intestino que já está inflamado.

Diagnóstico e tratamento especializado da diverticulite!

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Como é feita a cirurgia de diverticulite?

A cirurgia de diverticulite feita de modo programado remove a parte do intestino afetada pela doença e religa as extremidades quando o paciente não apresenta um quadro de abcesso ou inflamação grave do intestino. Já para casos de urgência, é realizada uma colostomia, procedimento que consiste em realizar uma abertura da parede abdominal e exteriorizar o intestino a fim de liberar a saída de fezes para uma bolsa externa.

Quando o quadro inflamatório desparecer e o paciente não apresentar mais sintomas da diverticulite, geralmente depois de alguns meses, uma nova cirurgia é realizada para fechar a colostomia e religar as extremidades do intestino.

A cirurgia de diverticulite pode ser realizada de modo tradicional, na qual o cirurgião faz uma grande incisão no abdômen, ou de modo minimamente invasivo, por meio da videolaparoscopia, técnica mais utilizada atualmente.

Vantagens da cirurgia

A cirurgia de diverticulite pode ser uma opção para pessoas que já sofreram diversas crises da doença, com prejuízos significativos à qualidade de vida, ou para aquelas que tiveram poucas crises — mas que foram complicadas, com necessidade de internação e procedimentos de drenagem. A vantagem da cirurgia, principalmente quando realizada de maneira minimamente invasiva, é proporcionar uma recuperação mais rápida e menos dolorosa ao paciente, que pode retomar suas atividades de rotina cerca de 3 semanas após o procedimento.

Como é a recuperação da cirurgia?

O paciente pode receber alta hospitalar depois de 2 a 7 dias da realização da cirurgia de diverticulite, mas isso depende da técnica escolhida (aberta ou por videolaparoscopia). A recomendação é que o paciente se levante e faça pequenas caminhadas logo após o procedimento para evitar complicações como a trombose.

Além disso, é preciso seguir uma dieta composta por alimentos líquidos nos primeiros dias e, conforme a evolução, podem ser inseridos alimentos mais consistentes e em maior quantidade. Outros cuidados pós-operatórios importantes são:

  • Não carregar peso nas primeiras semanas após a cirurgia;
  • Evitar atividade física intensa por 45 dias e retornar aos exercícios somente com liberação médica;
  • Não dirigir na primeira semana;
  • Tomar os medicamentos prescritos pelo médico para aliviar as dores e desconfortos.

Quando a cirurgia é indicada?

Normalmente, a diverticulite é tratada clinicamente com a administração de antibióticos associados a uma dieta saudável. Quando a abordagem conservadora não se mostra eficaz, a cirurgia pode ser considerada para casos mais graves.

No entanto, a cirurgia de diverticulite de urgência é cada vez menos comum, sendo indicada apenas para tratar pacientes que não tiveram melhora dos sintomas com medicação ou em casos de abcessos muito grandes que não podem ser drenados.

A cirurgia de diverticulite eletiva pode ser uma alternativa para situações específicas, que incluem:

  • Crises recorrentes de diverticulite;
  • Presença de fístulas, uma comunicação anormal entre dois órgãos do corpo;
  • Alteração no formato do intestino grosso que dificulta a passagem das fezes;
  • Dor crônica no local das crises;
  • Impossibilidade de diferenciar a área de diverticulite da presença de um câncer de intestino.

Qual profissional realiza a cirurgia?

A cirurgia de diverticulite é um procedimento delicado que deve ser conduzido por um especialista no assunto, preferencialmente um cirurgião do aparelho digestivo ou coloproctologista.

Para saber mais informações sobre quando a cirurgia de diverticulite é indicada, entre em contato e agende sua consulta com o Dr. Bruno Hernani.

 

Fontes:

Dr. Bruno Hernani

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Coloproctologia