Como diagnosticar a hérnia abdominal

Olhar clínico do especialista é suficiente para fazer o diagnóstico quando a hérnia é visível

Diagnóstico é essencialmente clínico, complementado com exames de imagem para determinar a gravidade da hérnia

A hérnia abdominal é um problema de saúde bastante comum, que afeta de 3% a 8% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde. Basicamente, a hérnia é o escape de um órgão ou tecido interno por meio de uma abertura anormal, podendo gerar sofrimento ao conteúdo herniado.

A hérnia abdominal não costuma ser uma condição grave quando identificada precocemente. Por esse motivo, muitas pessoas têm a curiosidade de saber como diagnosticar a hérnia abdominal, até mesmo para evitar a evolução para um quadro de encarceramento ou estrangulamento, duas situações graves que necessitam de atendimento médico de urgência.

A seguir, entenda mais sobre a condição e seus sintomas, fatores que ajudam a saber como diagnosticar a hérnia abdominal.

O que é hérnia abdominal?

A hérnia abdominal ocorre quando há o extravasamento do conteúdo interno do abdômen, como partes do intestino ou outros tecidos, por uma abertura na parede interna abdominal. Esse defeito ocorre devido ao enfraquecimento e abertura dos músculos abdominais, podendo contribuir para isso: esforço físico excessivo, gravidez, obesidade, tabagismo ou predisposição genética do indivíduo.

Para saber como diagnosticar a hérnia abdominal, é importante conhecer os diferentes tipos de hérnia, classificados de acordo com a região que o problema se manifesta. São exemplos:

• Hérnia inguinal: ocorre na região da virilha;
• Hérnia umbilical: localizada ao redor do umbigo;
• Hérnia incisional: surge em locais de incisões cirúrgicas anteriores;
• Hérnia epigástrica: aparece entre o umbigo e o peito, na linha média do abdômen.

Sintomas indicativos de hérnia abdominal

Conhecer os sintomas é uma das maneiras mais eficientes de compreender como diagnosticar a hérnia abdominal, já que podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da localização e do tamanho da hérnia.

No geral, o paciente nota uma protuberância, nódulo ou inchaço sob a pele, que pode aumentar de tamanho ao longo do tempo ou desaparecer e voltar a aparecer espontaneamente. Os sinais mais comuns são:

• Dor ou desconforto no local, especialmente ao realizar atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como exercícios físicos ou esforços intensos;
• Sensação de peso ou pressão na área herniada;
• Sensibilidade da região ao toque;
• Náuseas, vômitos e obstrução intestinal, em casos mais graves.

Como diagnosticar a hérnia abdominal

O diagnóstico da hérnia abdominal geralmente começa com uma avaliação clínica detalhada. O médico fará perguntas sobre os sintomas e o histórico médico do paciente, seguido de um exame físico. Durante o exame, o médico pode solicitar que o paciente se levante ou faça algum tipo de esforço, como tossir, para verificar se há protuberância ou desconforto na área abdominal.

Em alguns casos, o processo de como diagnosticar a hérnia abdominal envolve também exames de imagem que auxiliam a determinar o tipo de hérnia e a gravidade do problema. Os mais solicitados são ressonância magnética, ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada.

Qual profissional procurar para diagnosticar hérnia abdominal

Profissionais, como o cirurgião geral ou cirurgião do aparelho digestivo, sabem como diagnosticar a hérnia abdominal da melhor maneira. O diagnóstico preciso é importante para determinar as opções de tratamento, por isso é fundamental contar com um profissional experiente e qualificado.

Opções de tratamento para hérnia abdominal

O tratamento definitivo para a hérnia abdominal é cirúrgico, mas a indicação do momento mais apropriado para a cirurgia depende de uma avaliação do especialista em como diagnosticar a hérnia abdominal, que irá considerar fatores como tamanho, localização e gravidade da hérnia, assim como a idade e estado geral de saúde do paciente.

Atualmente, a maioria das cirurgias para corrigir hérnias abdominais é feita por técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia robótica ou laparoscópica, que proporcionam um pós-operatório mais tranquilo e recuperação mais rápida do que os procedimentos feitos de maneira aberta.

Fonte:

Dr. Bruno Hernani