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Colelitíase: sintomas, diagnóstico e tratamento

Imagem ilustrativa dando ênfase na vesícula
4 min. de leitura

Conheça mais sobre essa doença, popularmente chamada de pedra na vesícula

 Colelitíase é o termo médico para cálculos biliares, pequenas pedras de bile que se formam na vesícula biliar ou nos ductos biliares. Eles são comuns, especialmente em mulheres, e nem sempre causam problemas, mas podem levar a dores intensas se ficarem presos no trato biliar e bloquearem o fluxo da bile da vesícula até o intestino.

Saiba mais sobre colelitíase lendo o texto a seguir.

O que é colelitíase?

Colelitíase, também chamada de cálculos biliares ou pedras na vesícula, são depósitos endurecidos de bile que podem se formar na vesícula biliar ou nos ductos biliares. A bile é um fluido digestivo produzido no fígado e armazenado na vesícula biliar. Quando uma pessoa ingere um alimento, a vesícula biliar se contrai e esvazia a bile no intestino delgado (duodeno).

Os cálculos biliares variam em tamanho e em quantidade, podendo surgir apenas um ou vários ao mesmo tempo.

As pedras de colesterol são o tipo mais comum de colelitíase, seguido das pedras de bilirrubina.

Uma variedade de fatores pode contribuir para o desenvolvimento de colelitíase, incluindo:

  • Excesso de colesterol: o fígado extrai o colesterol do sangue para produzir bile. Se houver muito colesterol no sangue, as proporções da bile estarão desequilibradas, levando à formação de pedras;
  • Excesso de bilirrubina: a bilirrubina é um subproduto dos glóbulos vermelhos. Ela pode se tornar excessiva no organismo nos casos em que ocorre um distúrbio sanguíneo que destrói esses glóbulos ou se o fígado estiver prejudicado de alguma forma;
  • Ácidos biliares insuficientes (sais biliares): certas doenças podem causar má absorção de ácidos biliares, o que significa que esses sais são perdidos nas fezes. Quando isso ocorre de maneira mais intensa, o fígado não terá ácidos em quantidade suficiente para produzir bile. A falta de ácidos biliares leva a um excesso de lipídios (colesterol) na bile;
  • Colestase: se os ductos biliares ou a vesícula biliar não estiverem eliminando a bile de forma eficaz através do trato biliar, ela pode ficar muito concentrada, o que contribui para o surgimento da colelitíase.

Sintomas da colelitíase

A colelitíase geralmente não causa sintomas, a menos que os cálculos fiquem presos e bloqueiem a vesícula ou os ductos biliares. Esse bloqueio causa sintomas, mais comumente dor na parte superior do abdômen (que pode durar de alguns minutos a algumas horas) e náusea. Estes podem ir e vir. Além deles, nos casos mais graves ou quando o bloqueio é de longa duração, podem surgir:

  • Sudorese;
  • Febre;
  • Dor nas costas;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Inchaço e sensibilidade abdominal;
  • Amarelamento da pele e dos olhos (icterícia);
  • Urina escura;
  • Fezes claras;
  • Indigestão e azia.

Diagnóstico da colelitíase

O diagnóstico da colelitíase geralmente é feito com:

Exame físico e histórico médico

Dependendo dos sintomas apresentados e do histórico de saúde do paciente, o médico pode suspeitar de colelitíase. Nesse caso, alguns exames podem ser solicitados para confirmação diagnóstica.

Ultrassonografia abdominal

A ultrassonografia abdominal ajuda a localizar a origem do bloqueio no trato biliar. O exame avalia o interior da vesícula biliar e ao redor dela.

Exames de sangue

Os exames de sangue podem detectar inflamação, infecção, icterícia ou outras complicações causadas pela colelitíase.

Tratamento da colelitíase

Quando a colelitíase não causa sintomas, não é necessário realizar nenhum tratamento. Mas se os cálculos biliares causarem um bloqueio no trato biliar, eles devem ser removidos, na maioria das vezes, por meio de um procedimento chamado colecistostomia. Nele, a vesícula biliar é drenada para que as pedras sejam retiradas.

No entanto, a colelitíase pode voltar. O procedimento cirúrgico de retirada da vesícula, chamado colecistectomia, é a única maneira de resolver definitivamente a colelitíase. Vale dizer que uma pessoa não precisa da vesícula biliar para viver, e sua remoção não afeta a capacidade de o organismo digerir os alimentos, mas pode causar diarreia, que geralmente é temporária.

Pessoas que não podem ou não querem fazer a cirurgia podem fazer uso de alguns medicamentos para dissolver os cálculos, mas isso pode demorar meses ou anos e há a chance de formação de novas pedras.

Prevenção da colelitíase

Não há uma maneira segura de evitar a colelitíase, mas é possível reduzir as chances de a doença aparecer – adotar uma dieta saudável, que ajude a manter o colesterol controlado, é uma delas. Outra recomendação é manter o peso controlado, o que também evita a formação de pedras de colesterol.

Além disso, deve-se procurar manter horários habituais de refeições todos os dias; pular refeições ou jejuar pode aumentar o risco de colelitíase.

Qual médico trata essa doença?

Na suspeita de colelitíase, o paciente deve procurar por um gastroenterologista, especialista que diagnostica, trata e ajuda na prevenção de doenças que afetam o sistema gastrointestinal.

Pessoas que tiveram um episódio de cólica biliar no passado – mesmo que ele não tenha ocorrido novamente – também devem consultar um especialista para que, caso sejam identificados cálculos biliares, medidas sejam tomadas para que não ocorram complicações no futuro.

O Dr. Bruno Hernani é especialista em cirurgias do aparelho digestivo.
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Fontes

Manual MSD

Cleveland Clinic