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Colecistite: o que é, sintomas e tratamentos

Homem segurando o abdômen com expressão de dor, indicando possível inflamação na região da vesícula biliar, sintoma comum da colecistite.
5 min. de leitura

Colecistite é uma inflamação da vesícula biliar que provoca dor abdominal intensa e desconforto digestivo

A vesícula biliar é um órgão do sistema digestivo responsável por armazenar a bile, uma substância produzida pelo fígado para auxiliar na digestão de gorduras no intestino. A bile é composta por colesterol, sal biliar, pigmentos biliares, imunoglobulinas e água.

Existem condições médicas que alteram a composição da bile ou que interferem no funcionamento da vesícula biliar, ocasionando dores intensas e desconfortos relacionados à digestão. Geralmente causada por pedras na vesícula, a colecistite é um desses problemas que impactam o sistema digestivo e costumam necessitar de intervenção cirúrgica.

Saiba mais sobre a colecistite e seus tratamentos!

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O que é colecistite?

A colecistite é uma inflamação e infecção da vesícula biliar frequentemente associada ao bloqueio do fluxo de bile no órgão, o que impede a saída da bile armazenada.

O bloqueio da saída da vesícula, comumente causado por pedras, gera um acúmulo e distensão do órgão. Isso irrita as paredes da vesícula e gera um ambiente de pressão interna que impede a chegada do sangue pela circulação. Todo esse processo pode gerar sofrimento do órgão, necrose e contaminação por bactérias. Se não tratada, pode levar à sepse.

Quais são os tipos de colecistite?

Ainda que os sinais sejam parecidos, existem dois tipos de colecistite, que se diferenciam de acordo com a forma de manifestação da condição médica e a duração dos episódios.

Colecistite aguda

A colecistite aguda se caracteriza pela manifestação abrupta e intensa dos sintomas, indicando a obstrução aguda do ducto biliar. Como mencionado, os cálculos biliares são responsáveis por essa obstrução, impedindo a passagem da bile, que se acumula e resulta na inflamação da vesícula biliar. Nesses casos, a inflamação tende a ser mais severa.

Colecistite crônica

A colecistite crônica tem uma evolução lenta, caracterizada por episódios repetidos de inflamação intercalados com períodos de alívio ao longo do tempo. Os sintomas surgem quando há obstrução do ducto biliar e melhoram quando o fluxo da bile é restaurado. Assim, as crises são mais curtas e a inflamação tende a ser menos intensa.

Quais são as causas e fatores de risco?

Como mencionado, a formação de cálculos biliares, também conhecidos como pedras na vesícula, é o principal causador da colecistite, uma vez que essas formações podem bloquear a saída da bile de dentro desse órgão armazenador. O acúmulo de cálculos também pode provocar irritações nas paredes do órgão, levando à inflamação.

Além disso, a condição pode ser acompanhada de uma infecção bacteriana, que também pode ter sido provocada pelo acúmulo da bile. Outros fatores associados ao quadro da colecistite, ainda que sejam menos frequentes que os cálculos biliares, são a presença de cicatrizes, abscessos e doenças crônicas no trato gastrointestinal.

Assim como as causas, também existem os fatores de risco atribuídos à ocorrência de colecistite. Os fatores são condições ou características que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver esse quadro. São eles:

  • Histórico pessoal ou familiar de cálculos biliares;
  • Sexo feminino, em especial acima dos 40 anos;
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Dieta rica em gorduras e pobre em fibras;
  • Diabetes;
  • Gravidez;
  • Uso de pílulas anticoncepcionais e terapia hormonal;
  • Doenças crônicas, como doenças do trato gastrointestinal, síndrome metabólica e doenças do tecido conjuntivo.

Principais sintomas da colecistite

A dor abdominal é o sintoma mais comum da colecistite. Geralmente, ela está localizada no lado direito superior do abdômen, logo abaixo das costelas. A sensação é semelhante a uma cólica, que pode irradiar para as costas ou membros superiores. Outros sinais são:

  • Sensibilidade no abdômen durante a palpação do exame médico;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Febre;
  • Mal-estar generalizado;
  • Indigestão;
  • Inchaço abdominal.

Como o diagnóstico é realizado?

O exame clínico e o relato dos sintomas contribuem para o diagnóstico do problema. Além disso, o médico pode solicitar testes laboratoriais de sangue que mostram importantes informações, como os níveis de bilirrubina, um pigmento da bile resultante da degradação dos glóbulos vermelhos do sangue. Frequentemente, concentrações elevadas desse pigmento indicam infecções biliares.

O diagnóstico da colecistite é confirmado com o auxílio de exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada. Esses exames permitem avaliar a presença de cálculos na vesícula e no ducto, o aumento da vesícula e a extensão da inflamação do órgão.

Entenda os sintomas da colecistite e como tratá-la de forma eficaz.

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Qual é o tratamento da colecistite?

O tratamento da colecistite consiste no controle da inflamação, no alívio das dores e na remoção da vesícula biliar, em particular nos quadros agudos. Até mesmo pacientes assintomáticos podem ser encaminhados para a cirurgia de colecistectomia, pois é o recurso mais eficaz para evitar complicações mais graves, como gangrena e necrose dos tecidos da vesícula, condições que podem ser fatais. Cada caso deve ser discutido individualmente sobre riscos e benefícios.

A laparoscopia é a técnica cirúrgica mais indicada para a retirada da vesícula devido ao seu caráter menos invasivo, resultando em incisões e cicatrizes menores, além de um tempo reduzido de internação hospitalar e de recuperação pós-operatória. Após a operação, a bile não é mais armazenada na vesícula e continua a fluir diretamente do fígado para o intestino — na maioria das vezes, sem comprometer o sistema digestivo.

O Dr. Bruno Hernani é especialista em cirurgias do aparelho digestivo. Entre em contato e agende já a sua consulta.

Fontes:

Ministério da Saúde

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva